quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Administração E Liderança





Como usar o dinheiro? Há várias formas de se pensar sobre isso. Uma das coisas que mais afetam o casamento são os problemas financeiros.
Numa sociedade que incentiva as compras a prazo e as contas especiais, o difícil é não gastar tudo o que se ganha. Os constantes apelos das propagandas nos fazem consumir cada vez mais. Precisamos saber o que realmente é necessário. Podemos desfrutar de um bom nível socioeconômico, sem prejudicar as coisas mais importantes como a alegria, a honestidade e a paz de espírito.

1.         Princípios Básicos

Embora as situações nas famílias variem, para todos os casos, existem alguns princípios que podem ser aplicados. Eles podem ser encontrados na Bíblia e servem para nos guiar na vida material:
a) Tudo o que temos pertence a Deus.  “Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem” (Salmo 24:1). Se tudo pertence a Deus, então aquilo que está em minha posse também é dEle e me foi confiado para que eu possa usufruir e cuidar disso.
b) É Deus quem nos capacita para ganharmos dinheiro.  “Lembrem-se do Senhor, o seu Deus, pois é ele que lhes dá a capacidade de produzir riqueza” (Deuteronômio 8:18).
c) Muitas coisas têm mais valor do que o dinheiro.  “A boa reputação vale mais que grandes riquezas; desfrutar de boa estima vale mais que prata e ouro” (Provérbios 22:1).


 d) A cobiça, a insatisfação e a preocupação com as coisas materiais trazem infelicidade.  “Não cobiçarás a casa do teu próximo… nem coisa alguma que lhe pertença” (Êxodo 20:17). Isso não significa que os bens em si sejam indesejáveis, mas a vontade desmedida de possuí-los inverte os valores da pessoa.
e) Devemos utilizar ao máximo nossas capacidades em trabalho sério e honesto. “As mãos preguiçosas empobrecem o homem, porém as mãos diligentes lhe trazem riqueza” (Provérbios 10:4).
f) É preciso saber viver com o que se ganha. “Não devam nada a ninguém” (Romanos 13:7-8). Isso implica em não gastar mais do que podemos pagar. Devemos cuidar para não assumirmos compromissos financeiros que ultrapassem as nossas condições financeiras.
g) O orçamento familiar precisa de um plano. Para que a família tenha o suficiente para si e para repartir com os necessitados, é preciso que se tenha um planejamento. “Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o preço, para ver se tem dinheiro suficiente para completá-la?” (Lucas 14:28).

2.         Como fazer um orçamento familiar

Em muitas famílias, não existe uma noção adequada dos gastos ou da renda.
Uma família que se preocupa com o gerenciamento apropriado dos seus recursos deve fazer seu próprio orçamento. O orçamento familiar não é nenhuma varinha mágica, mas faz milagre: contribui para que a família alcance seus objetivos mais rapidamente. E uma vez que o orçamento está feito, deve-se ter disciplina para não sair dos seus limites.
a) Avalie a renda da família. Para sabermos quanto podemos gastar, precisamos saber, primeiro, quanto temos à disposição. Quanto é a renda da família? Se estamos gastando quase tudo o que ganhamos, não podemos pensar em assumir novas prestações. Lembre-se que você não pode contar com toda a sua receita, mas só com o rendimento líquido, o dinheiro disponível na mão.
b) Determine as despesas fixas mensais. Normalmente, quando o salário nos chega às mãos, já sofreu abatimento de imposto de renda e serviços sociais.  Agora precisamos fazer uma lista de todas as despesas, separando as que têm que ser pagas todos os meses como contas de água, luz, telefone, aluguel ou prestação da casa própria, mensalidade escolar, etc. Também devem estar incluídas despesas como alimentos e transporte.
Outra lista deve ser feita, e nela estarão as despesas com dentista, médico, medicamentos, despesas extras com o carro (imposto, seguro), roupas, material escolar, etc.
Esse total deverá ser calculado para um semestre ou um ano e dividido por seis ou por doze, para sabermos que essa quantia deverá ser reservada todos os meses para termos com o que pagar as contas à medida que elas forem surgindo. No caso de uma grande diferença entre o que se ganha e as despesas, a solução é analisar as despesas e avaliar duas possibilidades: 1) que itens deverão ser eliminados ou diminuídos; 2) a possibilidade de aumentar a renda familiar.
c) Fixe os gastos em termos de porcentagem. Se estabelecemos os nossos gastos em porcentagem, fica mais fácil vivermos  com o que temos.  Por exemplo, se verificarmos que as despesas com a casa – aluguel ou prestação, água, luz, telefone, gás, condomínio, etc. – equivalem a 40% da nossa renda, somente disporemos de 60% para todas as outras despesas.  Peritos em finanças domésticas definem limites percentuais para cada gasto, e dizem que a família que ultrapassar esses limites estará arriscando se envolver em dívidas que dificilmente poderá saldar.
d) Conheça os conceitos financeiros básicos. Procure saber tudo o que puder sobre seguros, créditos (financiamentos), juros, depreciação, como comprar uma casa, como comprar um carro, etc.
e) Não confunda necessidade com desejo. Muitas vezes, os nossos desejos vão além dos nossos rendimentos. Procure resistir a vontade de comprar coisas desnecessárias. Faça, para si mesmo, as perguntas: neste gasto, eu preciso ou apenas desejo? Eu tenho dinheiro suficiente para pagar o que estou comprando? Quanto isso me custa, cada vez que uso?  Quais as vantagens e desvantagens de eu efetuar tal gasto? Isso vale realmente a importância que estou pagando? Não estou pagando por aparências, das quais realmente não preciso?
f) Faça do orçamento um assunto de família. Para fazer o orçamento funcionar, todos os membros da família devem cooperar. Se houver crise, é importante que todos na família saibam exatamente o que está acontecendo. Esta é uma boa maneira de ensinar os filhos que eles nem sempre podem ter o que desejam.
Mais detalhes lei o livro Administração Eficaz da escritora ELLEN. G. WHITE



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